quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Amor é amor, romance é romance e um lance é um lance.



Não sei daonde eu tirei esse título, mas o lance é o seguinte: 

Cheguei a uma (mais uma) conclusão dia desses: Cansei dessa de "sair", ou talvez nasci cansada.

Balada, eu queria saber sobre a origem desse nome, horrível por sinal. Mas gente, como é que tem um príncipe badalando? Ou melhor, me imaginem badalando! Não combina.

Mas vamos ao meu drama, não sou religiosa, não tô nessas de paquerar no trabalho (até porque né...) e essa história de sair a noite é um tormento (pra mim). Gosto de sair pra rir, não com intuito de caçar pessoas, acho bizarro. E o pior, quando cogito, ou cogitam essa possibilidade, me sinto com um outdoor  ou com um letreiro neon na testa escrito "tô desesperada mesmo" e não sei como devo agir.
Não sei dividir as coisas. A diversão de dançar passos bizarros com a jogadinha sedutora de cabelo. Nem o teor alcoólico das pessoas bonitas daquele que me faz chorar de rir.
Além disso, sou taxativa, faço uma análise estatística descritiva de todos os lugares e seus frequentadores baseada nos meus preconceitos e ideias mirabolantes. Como resultado, odeio cerca de 96,7% dos "points" (outro termo destruidor) de belorizonte que nunca fui. E, os que me restam, não cabem no meu bolso que, no fundo, não cabe nada.
Quando eu finalmente resolvo sair gasto setecentas horas pra decidir uma roupa e alcanço um resultado fantástico ao contrário. Num lance "sedutor" eu aposto naquela saia meio periguete de courino, só que com meia, pra não arriscar "pagar bundinhas" (existe isso?). Pra não marcar a barriga da gravidez (alcançada com cervejas e chiclets) combino com uma blusa meio larguinha que gera um resultado metade recém-separada de 40 anos, metade pré-adolecente em crise, já que eu tenho a estranha obsessão em sair de tênis para parecer despretensiosa.
Essa combinação, que nasceu pra ser falha, me faz trocar de blusa umas mil vezes, até chegar naquela que era um pijama da Disney. No fim, eu alterno de recém-separada na balada  para pré-adolescente no Pátio. E, já no elevador, mudo mais uma vez de ideia, volto pra casa (atrasada lógico) e aposto naquele combo nem um pouco sedutor, mas talvez menos repulsante (tô inventando?) que os anteriores, calça jeans e uma das minhas camisetas favoritas.
Não sei socializar sem copo na mão. (Isso foi só um comentário pontual)
Mãe, não assusta, o copo pode ser até uma garrafa d'água, é que me constrange as duas mãos soltas. Não sei se coloco as mãos no bolso, apoio no pneu, seguro a bolsa ou amarro o cabelo. Timidez é isso.
Num misto de pequenos sustos, surtos e narcolepsias cerebrais (anh?) eu passo mais uma noite olhando freneticamente pros lados e escondendo os olhos, com uma seta nem um pouco favorável (ou talvez favorável, já que atraio situações hilárias), disfarçada numa boate, e preferindo, abertamente, um boteco regado a teorias e conversas despretensiosas como o meu par de tênis, ou aquele filme que tava passando no Telecine Touch antes de eu sair de casa.

A conclusão é a seguinte:

Príncipe do cavalo branco, tô esperando você tocar interfone aqui em casa, mas "pelamordedeus" não seja o carroceiro. Não vou te encontrar numa casa noturna. Nem te enganar com maquiagem e combos de vodka. Mas não se assuste, minha calça é de M&M's.

Então é isso.

Até breve,

P.S.: Talvez você esteja se perguntando (eu tô) e aquela história do talento Renata? Então, tá mais do que claro: Ele é reclamar!