quarta-feira, 25 de julho de 2012

Eu e a minha seta.


Peguei o ônibus de sempre e assentei no primeiro banco vazio que eu vi. O banco era aquele que você assenta de frente para o trocador. 
Logo que eu assentei entrei naquele estado de "semi-morta" habitual. Lá pelas tantas, já na metade do caminho, senti que tinha uma pessoa me olhando fixamente. Abri mais ou menos o olho e, desesperadamente, fingi que tava dormindo.

Quando não tinha mais jeito, abri o olho e começou o diálogo:

- Tá cansada né?! Tá indo passear ou descansar?
- Uhum (olhei pela janela tentando fugir daquela tentativa de diálogo)
- Você mora perto do Del Rey?
- Não
- Ah sei... Você trabalha?
- Uhum
- Aposto que ganha bem.
- Hahahahahaha (morri)
- Você é casada? 
- Hum-hum (prestes a ter um ataque de risos)
- Tem namorado?
- (silencio)
- Como é que você chama?
- Rafaela. (Socorro!)


Ele sacou o telefone do bolso. (Agora a porra ficou séria!)


- Ô Rafaela, seu telefone é da Oi?
- Não
- Vivo?
- Não, não tenho telefone.


Aí veio o golpe fatal:


- Ô Rafaela, cê tem Orkut?
- Não (não consegui mais segurar o riso, até chorei)
- E Msn?
- Também não
- Facebook, Twitter?
- Ou, não tenho nada. (lágrimas de riso)


Finalmente chegou meu ponto, levantei, dei sinal.


- Cê tá me enganando hein.
- Pois é.


Desci, nem lembrava mais o meu nome.

- Tchau Rafaela!

No dia seguinte eu não lavei o cabelo, escolhi meu moletom com capuz, peguei meu óculos de grau mais estranho e, por via das dúvidas, decidi que não pegava mais o ônibus das 18h. Afinal, a Rafaela não tava interessada na conversa.

Até a próxima.

Todo o meu amor por quem conversa (muito) no ônibus

Tava morrendo de medo de não levar pra frente mais uma coisa que eu inventei, daí gastei um tempo pensado o que eu ia escrever hoje. Então que, pensando bem, eu tenho um talento sim (o nome disso é aceitação! hahaha). Talento pra ouvir casos alheios, vulgo talento pra bicar conversas. 

Funciona meio que assim, sou capaz de prestar atenção em umas três conversas de uma vez, responder mentalmente todas e ainda dialogar com meu interlocutor direto (existe isso?) sobre qualquer outra coisa. Mas, melhor mesmo é ouvir conversas quando eu tô ali, caladinha, sem ter mais nada pra fazer, ou seja, no ônibus. (Pra quê fone de ouvido? Pra quê ouvir Adele sofrendo por amor?)
Ônibus é vida gente! Principalmente quando você tá sentada, vai descer só no final e o ônibus tá cheio. (Dica: ofereça-se para segurar bolsas e sacolas, gentileza é uma coisa muito bacana) Quanto maior a distância que ônibus percorre maior o número de assuntos bizarros e de frases dignas de citação de "Caio F. Abreu" no Facebook.
A melhor sensação é quando você vê a cara (rosto?) daquela pessoa que você ouviu todo o desabafo sobre o término do namoro e do ciúmes da(o) namorada(o). Ver a cara de quem, bebeu todas no final de semana, traiu o marido, achou o gatinho no Orkut, ou tá cheio de visitas em casa, é calar a ansiedade interior que te fez tentar olhar pra trás toda vez que pensou que ela ia descer.
E, vez ou outra, eu chego em casa querendo achar "crislaine" no Orkut, reencontro (ou reescuto) pessoas de casos antigos - às vezes eles repetem até o personagem -, fico com "raiva" da colega chata e discuto política mentalmente. Em casos extremos ou acabo dando palpite.
No fim, bom é que o caminho pra casa fica mais curto.

Até a próxima.

P.S.: Como é que se escreve Crislaine? (Ainda quero achar no Orkut)

P.S.2: Paloma, não fica com ciúmes da Crislaine. Tudo bem que seu namorado já falou nela umas duas vezes no S70, mas, segundo ele, o grande amor dele é você. Apesar de que, ele te largaria para ir trabalhar na Argentina.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Sobre as definições de talento e o que me vem a cabeça

Para começar minha saga resolvi dar uma "googlada" e tentar saber o que realmente é talento, mas como eu sou chata (meu dom) procurei no Google acadêmico. Tava com um pouco de preguiça de procurar, mas logo de cara achei um artigo (eu acho) com explicações bem bacanas.

A ideia é a seguinte, tem uma certa bagunça aí em talento ser um dom que deve ser cultivado ou se ele pode ser adquirido. Talento também tá na Bíblia gente! Mas a única coisa que eu tive certeza (ou não) é que talento é o nome de uma moeda antiga.

Vamos às definições corretas:
"(...) no sentido etimológico talento origina-se do grego tálaton e do latim talentu, com o significado de "peso e moeda da antiguidade grega e romana" e "aptidão natural ou habilidade adquirida" (...) Na área da psicologia, talento é a "denominação geral para o dom natural".(...)
Na linguagem popular denomina-se talentoso o indivíduo que possui uma aptidão específica acima da média em determinado campo de ação ou aspecto considerado, a qual pode ser treinada e desenvolvida. (...) assim como as capacidades motoras e psicológicas estão presentes no nascimento, podem ser detectadas no processo de socialização e serem estimuladas e desenvolvidas no meio onde está inserida, desde que forneça condições para tal.
(...) o termo "talento" tem origem bíblica; era uma unidade monetária, uma moeda de valor amplamente usada na época. O seu significado metafórico deriva-se da Parábola dos Talentos (Mateus, 25) do Novo Testamento. (...)"

Achei essa coisa toda aqui, quem quiser dar uma olhada, a moça fala um tanto de coisa sobre o assunto (oi? é um artigo sobre isso.) - mãe, não tô plagiando!

Depois disso tudo, com ou sem parábola, talento é moeda e moeda deve ser multiplicada para virar riqueza. "Cruzeiro real" guardado no colchão não vira "Real", mas o que foi aplicado sim.
E quanto a mim, se nasci com "estruturas neuro-físicas e anatômicas" para exercer alguma atividade específica vou descobrir para multiplicar. rsrsrs

Depois de toda esse "blá blá blá" teórico a única coisa que penso sobre talento é Caça-talentos!



(Então bate bate)
Até a próxima!

domingo, 22 de julho de 2012

Inauguração com metas, porque (tem acento?) adoro metas!

Esse negócio de talento é bem complexo, graças a acasos da vida ou  insistência de mãe eu até que tentei alguns, mas nem deram certo.
Quando eu era pequenininha fiz um tempo de Ballet, resultado: sei fazer "perninha de borboleta". Em um entra e sai da natação: aprendi a não me afogar e que odeio nadar borboleta. Mais tarde, na aula de desenho permutada, descobri que desenhos em preto e branco são muito mais fáceis de fazer, mas acabei trocando por aulas particulares de matemática. Nessa época cheguei realmente a achar que meu talento era a matemática, mas hoje não lembro ao menos como se resolve um "polinômio do 3º grau".
Lembro que um dia vovó Lena tentou me ensinar a fazer crochê, mal saí da trancinha. Uma outra vez foi vovó Vera quem tentou me ensinar a tricotar, quase dei um nó nas agulhas.
Hoje tô aqui, com 22, quase 23 anos, não sei costurar, desenhar, cantar, dançar, ou paquerar (risos) e PRECISO descobrir um talento, ou descobrir o que é talento.
Nas próximas vezes que eu passar por aqui, vou dividir com vocês minhas ideias mirabolantes, meus planos infalíveis e meus possíveis talentos.
E a meta é: descobrir um talento até novembro! hahaha

Até a próxima.

P.S. Saudações aos lindos que vão casar e me convidaram pra ser a madrinha menos talentosa que esse Brasil já viu.