sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Mais uma amizade e só

Funciona assim, sua amiga diz que vai te apresentar fulano.
Segundo ela vocês são super a ver.
Como sua situação não tá fácil, você dá uma risadinha, se faz de desentendida mas mantêm uma esperança mesmo fraquinha.
A vantagem, ou desvantagem é que, com a modernidade que esse mundo tem nos proporcionado, você tem um nome, tem tudo. Desde que o perfil de fulano no "facebook" não tenha informações bloqueadas.
Em dois minutos, e muita boa vontade, você desistiu.
Descobriu que ele torce pro time adversário ao seu, curte músicas duvidosas, tem um penteado nada atraente e mais diversas outras coisas que você supostamente abomina.
A essa altura você desistiu. Fugiu da sua amiga. E lembra porque você tem que fugir sempre que ela resolve te apresentar alguém. Pode ser que você tem passado uma imagem deturpada do que você realmente gosta.
No fim, como um dia você vai acabar encontrando-o em uma ocasião social dessa amiga, pode acabar fazendo mais uma amizade e só.

Até


quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Pílulas: Cocô

- Cada coisa que acontece aqui, tem que rir.
- Que foi?
- Sabe aquela menininha que tava aqui?
- Anh..
- Deu nela uma vontade de cagar, abaixou as calças e cagou aqui no passeio.
- Em frente a loja?
- Isso! A mãe empurrou pra rua. Chega a ser desproporcional.
- Igual a um cachorrinho?
- Isso.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Pílulas: Fuga

Sirene, mil curiosos na rua, uma freada brusca.
Viatura de um lado, perseguido do outro.
Desceram todos dos carros.
Policial saca a arma, tenta atravessar a rua, passa a kombi, a carroça, a bicicleta e o carrinho de bebê.
Passa o ônibus, dá sinal, para no ponto, o cara entra.
Ninguém atravessou a rua.
Fugiu! Ufa!
Quem viu, você? 
Não, eu não. Aconteceu alguma coisa?

domingo, 2 de dezembro de 2012

Agora só cerveja

Desde que eu tomei presidente eu parei de beber. Aquilo ali é forte demais.
Cheguei em casa péssima.
Também parei de fumar. Fumava pra aliviar a tensão, mas o "quinguibocsin" tem me ajudado.
Tomo remédio. Obriguei minha mãe a me dar.
Mas beber eu só bebo pra me divertir mesmo, não é pra aparecer.
Outro dia eu bebi quatro long necks de "reineiquien", duas doses de "bigui eipou", meia garrafa de "ismirnofff". Sou forte pra bebida.
Mas depois do presidente, só cerveja agora.
Quantos anos você me dá? Tenho cara de mais velha.
Dezesseis, pode acreditar. Meu namorado tem dezoito, mas ele bebe bem menos.
Lá em casa a gente começa a beber dentro de casa. Novo, porque se envelhecer perde o tempo de parar. 
Eu concordo, acho bom. Olha só, eu fumei parei, bebi parei. Agora só cerveja.
Vou descer aqui.
Tchau!




quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Pílulas: Cabaré

Faz mais de uma semana que eu não consigo me concentrar no trabalho. Preciso montar uma roupa de puta.
- Olha, essa vai ficar ótima! Super puta.
Meia, vestido, salto, luvas, corselete, colares, batom...
- Preciso dar um jeito nesse cabelo!
Piteira, flor, chale...
- Vou roubar um cigarro da minha mãe no sábado.
Bolsa, laquê, mousse, grampos...
- Ai, quero me vestir assim pra sempre. Fiquei muito elegante. Posso ir na padaria?

Beijo ansiedade!

Até mais


#chatiada

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Caixa de picanhas oitenta reais.

- Tem um carro da polícia ali na frente do beco. Será que aconteceu alguma coisa?
- Uai, será?

Sinal de xadrez com as mãos.

- Prenderam o marido da baixinha. Vieram avisar.
- Como assim gente? Coitada!
- Flagrante, parece que ele tava roubando car$%@
- Nossa Senhora!

Todo mundo na porta

- Roubando carne hein, vocês viram?
- Uai! Como assim carne? Tinha entendido carro. Coitado!!!! Poxa gente, roubando carne?!
- É ué, isso que eu tinha falado.

...

- Flagrante parece que são cento e vinte dias.
- É um-cinco-sete?
- Tá sabendo os números hein? Eu não sei esses códigos não. Nem geral eu já tomei.
- Ah falou viu zé!
- Tô falando.

...

- E o cara hein, preso roubando carne...
- Pois é.
- E o aluguel?
- Agora ela deve receber benefício da previdência. Por causa do filho.
- Pelo menos né.
- É.

...

- Agora eles tão com mania de picanha.
- É?
- É. Não sei quem comprou uma caixa cheia de picanha por oitenta reais dia desses.
- Roubada?
- Lógico.
- Super pouco valorizada. Nem vale o risco do roubo.

...

- Preso porque tava roubando carne!
- É tipo preso roubando galinha.
- Coitado! Coitada! Ai ai...

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

E se eu pegar ônibus com o ladrão?

Desde o dia do assalto uma coisa não me saía da cabeça: e se eu pegar ônibus com o ladrão?

Os policiais chegaram, armas em punho, quatro viaturas e pose de 007, mas os ladrões já não estavam lá fazia tempo. O chamado era apenas para fazer uma ocorrência.
Horas depois e mil quatrocentas e vinte sete visualizações dos vídeos gravados pela câmera de segurança eu só pensava que meu pneu tá bem grandinho na imagem e que eu só não podia pegar ônibus com esses ladrões.

Eles me pediram a descrição dos meliantes:

- Bom moço, deviam ser menores de idade. Não tinham barba. Ou então era problema hormonal sabe?
- Sabe aquelas tatuagens no antebraço tipo V1D4 L0K4? Então, ele tinha uma assim. Mas acho que devia ser de Jesus ou o nome da mãe, a letra era cursiva.
- É, eles levaram meu celular, deixaram cem reais pra trás. 
- A gola da camisa tava frouxa, acho que era de propaganda, não sei. Se bem que não. Devia ser de marca, eles gostam. A estampa estava bem falha.
- A arma tava enferrujada! Diz o menino aqui que tava carregada. Nem quis saber.
- Dente brilhante! Um deles tinha. É feio né? Tavam também com aqueles chinelos horrendos, não sei o nome.
- É, o banheiro não tranca por fora, ainda bem.
- Mas moço e se eu por um acaso pegar ônibus com um deles, será que eu desmaio?

Então, acho que peguei. 
Não desmaiei, mas também não tive certeza. 
E agora, e se eu pego ônibus outra vez?

Até!


Obs.: Uai, a temática de novembro é ladrão? Tomara que não! Tomara que passe o trauma e o ferrugem.
Obs. 2: Não, não tô chamando MC Rodolfinho de ladrão! É só pra ilustrar o V1D4 L0K4.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Talvez só por hoje

Talvez só por hoje eu não queira mais saber de experiências antropológicas. Nem de ônibus ou de metrô. Muito menos de trabalhar.
Por hoje eu queria ganhar dinheiro sem sair de casa, emagrecer dormindo, ou ao menos perder cinco quilos com tabletes mastigáveis.
Pode ser que eu não queira mais me assustar com bonés, camisas do Grêmio ou chinelos de péssimo gosto. Nem mesmo lembrar de dentes brilhantes ou tatuagens cursivas do Senhor.
Por hoje eu não quero aparecer no Balanço Geral. 
Talvez só por hoje, mas eu quero julgar pela aparência, estereotipar e fugir, ou não. Não quero pernas bambas, dores de cabeça e coração acelerado.
Só por hoje eu queria me lixar para a desigualdade social, para o comodismo, para a má distribuição de renda ou simplesmente para índole controversa de seilá quem. Hoje eu só queria tomar uma casquinha do Mc Donald´s e observar o mundo passar.
Não quero mais saber de cultura, cultura popular ou popular. Eu quero e não quero.
Talvez só por hoje.
Talvez só por uma semana.
Talvez pra sempre, ou até Dezembro.
Talvez eu queira apenas passar a vida brincando até que passe, pelo menos, o susto ou a lembrança do ferrugem.

Até!

Obs.: Ok, sem dramas, tá passando.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Capivaras do Amor

Começou o horário de verão e os dias demoram mais para acabar. O solzinho da tarde ta perfeito para aquele encontro romântico esporádico de um meio-início de semana.
Nessa fase tudo é lindo.
Segunda-feira nenhum dos dois trabalhou, eles também não se queixaram de sair da cama uma hora mais cedo. A única coisa que importava é que as 18:15 eles iam se encontrar.
Ele planejou uma coisa bem romântica e ela refez a escova de sábado.
Às seis ela passou um rímel, deu um retoque no blush e refletiu sobre trocar de blusa. 
Às seis e quinze ele a esperava na porta da firma, acho que passou perfume.
Na garupa da moto ela tinha uma vaga ideia de onde estavam indo.
Estacionaram do outro lado da avenida. 
Dispensaram os bancos e desceram o gramado. Sentaram-se  bem próximo a água, meio deitados  para ver estrelas, talvez, quem sabe, ver algum reflexo romântico na água.
Ali, na Lagoa da Pampulha, ficaram horas, enquanto as Capivaras do Amor nadavam crawl.
Bom que não fizeram pique-nique.
O amor não tem cheiro.


segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Qualquer outra coisa

A verdade é que nada é de verdade. Tudo não passa de disfarce.
Disfarce a gente começa a montar logo cedo. Naquela pré-adolescência bacana em que a gente não sabe se joga "ranca" ou paquera no shopping, também decide se tornar "Paty" ou "qualquer outra coisa". ~ No caso eu me tornei "qualquer outra coisa".
"Qualquer outra coisa" nada mais é, ou foi, do que ser contra-corrente. Deixar de pentear o cabelo e ir à escola de sandália e meia, vestindo uma calça jeans dois números maior e um moletom poido, independente da temperatura.
Com o tempo a gente já não pode mais usar aquela calça, que não serve mais. Vai a lugares que o moletom poido não é muito bem aceito. Mas com a rebeldia que nos é nata ainda assim não penteia o cabelo.
Pra ser diferente a gente passa a ouvir músicas que não são top 10 ou 20. Deixa de escutar as rádios do momento e "abomina" os lugares mais frequentados da cidade. Pra manter o disfarce, a gente diz que prefere ver um filme russo do que um Blockbuster. Tomar uma cerveja no "vaga-lume" do que um "big-apple" na balada. A gente prefere e descarta.
Pra ser diferente a gente vasculha a programação gratuita e pseudo-cult da cidade, gratuita porque a gente também disfarça pobreza com cultura.
Pra ser diferente a gente se torna igual. E num impulso de voltar a ser diferente a gente pensa em voltar atrás e fazer tudo aquilo que deixou de fazer pra ser diferente.
Esse disfarce já não faz mais sentido. Estão todos usando, até aquelas "Patys" de dez anos atrás.
Cansei, vou ouvir Soweto.



Até!

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Gata do mês

Em Outubro decidi ser a gata do mês. Vou escolher aquela foto de perfil que me deixa gatinha e me mostrar para o mundo, ou para o jornal do bairro.
Vou descrever aquilo que todos querem saber, mas que ninguém se interessa. Fingir que eu sou descolada ou que sou uma moça meiga. Serei uma digna "Gata do mês".
~
Tô Gata, tô baiana, tô com conjuntivite.

 ~
Meu nome é Renata de Freitas Barros, tenho 23 anos, mas idade mental de 7.
Faz um tempo, a contragosto gostando que deixei de ser estudante para me tornar uma desempregada empregada. 
Vivo num mundo paralelo de segunda à sexta, e finjo que tudo não passa de uma experiência antropológica.
Confesso que choro assistindo final de novela, "Chegadas e Partidas" e, houve um tempo, até "Pica-pau".
Desconfio que meu lugar predileto seja dentro de mim mesma. Meus delírios e ideais parecem bem mais interessantes que vários lugares que eu possa galgar (queria encaixar essa palavra em alguma frase na vida) no mundo.
Não tenho nada a dizer sobre o hotel fazenda free-time ou sobre hotéis fazenda. Meu descanso é mesmo dormindo, que seja no ônibus.
Sobre meu time (do corassaum) faz 4 dias que a gente brigou. Mas ainda estamos flertando. Por enquanto tô jogando a culpa da nossa briga na mídia e no Vagner Love.
Podia dizer que recomendo o "duelo de MC´s", mas recomendo mesmo é que se movimente. Aprendi isso com uma querida e tamos pondo em prática nessa belorizonte, ou tentando.
Agora, Caio F. Abreu que me perdoe, não decorei nenhuma frase de efeito.
Espero que ainda me aceitem como a "Gata do mês", mas não visitem meu perfil no Facebook porque ele tá lá só pra queimar meu filme.

Até breve!

Como não vivo sem observações:

OBS.1: Tirei a ideia dessa foto que coloquei no instagram.

OBS.2: Não tenho nada que me oponha a "Gata do mês" só achei divertido me imaginar nessa coluna.

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Amor é amor, romance é romance e um lance é um lance.



Não sei daonde eu tirei esse título, mas o lance é o seguinte: 

Cheguei a uma (mais uma) conclusão dia desses: Cansei dessa de "sair", ou talvez nasci cansada.

Balada, eu queria saber sobre a origem desse nome, horrível por sinal. Mas gente, como é que tem um príncipe badalando? Ou melhor, me imaginem badalando! Não combina.

Mas vamos ao meu drama, não sou religiosa, não tô nessas de paquerar no trabalho (até porque né...) e essa história de sair a noite é um tormento (pra mim). Gosto de sair pra rir, não com intuito de caçar pessoas, acho bizarro. E o pior, quando cogito, ou cogitam essa possibilidade, me sinto com um outdoor  ou com um letreiro neon na testa escrito "tô desesperada mesmo" e não sei como devo agir.
Não sei dividir as coisas. A diversão de dançar passos bizarros com a jogadinha sedutora de cabelo. Nem o teor alcoólico das pessoas bonitas daquele que me faz chorar de rir.
Além disso, sou taxativa, faço uma análise estatística descritiva de todos os lugares e seus frequentadores baseada nos meus preconceitos e ideias mirabolantes. Como resultado, odeio cerca de 96,7% dos "points" (outro termo destruidor) de belorizonte que nunca fui. E, os que me restam, não cabem no meu bolso que, no fundo, não cabe nada.
Quando eu finalmente resolvo sair gasto setecentas horas pra decidir uma roupa e alcanço um resultado fantástico ao contrário. Num lance "sedutor" eu aposto naquela saia meio periguete de courino, só que com meia, pra não arriscar "pagar bundinhas" (existe isso?). Pra não marcar a barriga da gravidez (alcançada com cervejas e chiclets) combino com uma blusa meio larguinha que gera um resultado metade recém-separada de 40 anos, metade pré-adolecente em crise, já que eu tenho a estranha obsessão em sair de tênis para parecer despretensiosa.
Essa combinação, que nasceu pra ser falha, me faz trocar de blusa umas mil vezes, até chegar naquela que era um pijama da Disney. No fim, eu alterno de recém-separada na balada  para pré-adolescente no Pátio. E, já no elevador, mudo mais uma vez de ideia, volto pra casa (atrasada lógico) e aposto naquele combo nem um pouco sedutor, mas talvez menos repulsante (tô inventando?) que os anteriores, calça jeans e uma das minhas camisetas favoritas.
Não sei socializar sem copo na mão. (Isso foi só um comentário pontual)
Mãe, não assusta, o copo pode ser até uma garrafa d'água, é que me constrange as duas mãos soltas. Não sei se coloco as mãos no bolso, apoio no pneu, seguro a bolsa ou amarro o cabelo. Timidez é isso.
Num misto de pequenos sustos, surtos e narcolepsias cerebrais (anh?) eu passo mais uma noite olhando freneticamente pros lados e escondendo os olhos, com uma seta nem um pouco favorável (ou talvez favorável, já que atraio situações hilárias), disfarçada numa boate, e preferindo, abertamente, um boteco regado a teorias e conversas despretensiosas como o meu par de tênis, ou aquele filme que tava passando no Telecine Touch antes de eu sair de casa.

A conclusão é a seguinte:

Príncipe do cavalo branco, tô esperando você tocar interfone aqui em casa, mas "pelamordedeus" não seja o carroceiro. Não vou te encontrar numa casa noturna. Nem te enganar com maquiagem e combos de vodka. Mas não se assuste, minha calça é de M&M's.

Então é isso.

Até breve,

P.S.: Talvez você esteja se perguntando (eu tô) e aquela história do talento Renata? Então, tá mais do que claro: Ele é reclamar!

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Eu e a minha seta.


Peguei o ônibus de sempre e assentei no primeiro banco vazio que eu vi. O banco era aquele que você assenta de frente para o trocador. 
Logo que eu assentei entrei naquele estado de "semi-morta" habitual. Lá pelas tantas, já na metade do caminho, senti que tinha uma pessoa me olhando fixamente. Abri mais ou menos o olho e, desesperadamente, fingi que tava dormindo.

Quando não tinha mais jeito, abri o olho e começou o diálogo:

- Tá cansada né?! Tá indo passear ou descansar?
- Uhum (olhei pela janela tentando fugir daquela tentativa de diálogo)
- Você mora perto do Del Rey?
- Não
- Ah sei... Você trabalha?
- Uhum
- Aposto que ganha bem.
- Hahahahahaha (morri)
- Você é casada? 
- Hum-hum (prestes a ter um ataque de risos)
- Tem namorado?
- (silencio)
- Como é que você chama?
- Rafaela. (Socorro!)


Ele sacou o telefone do bolso. (Agora a porra ficou séria!)


- Ô Rafaela, seu telefone é da Oi?
- Não
- Vivo?
- Não, não tenho telefone.


Aí veio o golpe fatal:


- Ô Rafaela, cê tem Orkut?
- Não (não consegui mais segurar o riso, até chorei)
- E Msn?
- Também não
- Facebook, Twitter?
- Ou, não tenho nada. (lágrimas de riso)


Finalmente chegou meu ponto, levantei, dei sinal.


- Cê tá me enganando hein.
- Pois é.


Desci, nem lembrava mais o meu nome.

- Tchau Rafaela!

No dia seguinte eu não lavei o cabelo, escolhi meu moletom com capuz, peguei meu óculos de grau mais estranho e, por via das dúvidas, decidi que não pegava mais o ônibus das 18h. Afinal, a Rafaela não tava interessada na conversa.

Até a próxima.

Todo o meu amor por quem conversa (muito) no ônibus

Tava morrendo de medo de não levar pra frente mais uma coisa que eu inventei, daí gastei um tempo pensado o que eu ia escrever hoje. Então que, pensando bem, eu tenho um talento sim (o nome disso é aceitação! hahaha). Talento pra ouvir casos alheios, vulgo talento pra bicar conversas. 

Funciona meio que assim, sou capaz de prestar atenção em umas três conversas de uma vez, responder mentalmente todas e ainda dialogar com meu interlocutor direto (existe isso?) sobre qualquer outra coisa. Mas, melhor mesmo é ouvir conversas quando eu tô ali, caladinha, sem ter mais nada pra fazer, ou seja, no ônibus. (Pra quê fone de ouvido? Pra quê ouvir Adele sofrendo por amor?)
Ônibus é vida gente! Principalmente quando você tá sentada, vai descer só no final e o ônibus tá cheio. (Dica: ofereça-se para segurar bolsas e sacolas, gentileza é uma coisa muito bacana) Quanto maior a distância que ônibus percorre maior o número de assuntos bizarros e de frases dignas de citação de "Caio F. Abreu" no Facebook.
A melhor sensação é quando você vê a cara (rosto?) daquela pessoa que você ouviu todo o desabafo sobre o término do namoro e do ciúmes da(o) namorada(o). Ver a cara de quem, bebeu todas no final de semana, traiu o marido, achou o gatinho no Orkut, ou tá cheio de visitas em casa, é calar a ansiedade interior que te fez tentar olhar pra trás toda vez que pensou que ela ia descer.
E, vez ou outra, eu chego em casa querendo achar "crislaine" no Orkut, reencontro (ou reescuto) pessoas de casos antigos - às vezes eles repetem até o personagem -, fico com "raiva" da colega chata e discuto política mentalmente. Em casos extremos ou acabo dando palpite.
No fim, bom é que o caminho pra casa fica mais curto.

Até a próxima.

P.S.: Como é que se escreve Crislaine? (Ainda quero achar no Orkut)

P.S.2: Paloma, não fica com ciúmes da Crislaine. Tudo bem que seu namorado já falou nela umas duas vezes no S70, mas, segundo ele, o grande amor dele é você. Apesar de que, ele te largaria para ir trabalhar na Argentina.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Sobre as definições de talento e o que me vem a cabeça

Para começar minha saga resolvi dar uma "googlada" e tentar saber o que realmente é talento, mas como eu sou chata (meu dom) procurei no Google acadêmico. Tava com um pouco de preguiça de procurar, mas logo de cara achei um artigo (eu acho) com explicações bem bacanas.

A ideia é a seguinte, tem uma certa bagunça aí em talento ser um dom que deve ser cultivado ou se ele pode ser adquirido. Talento também tá na Bíblia gente! Mas a única coisa que eu tive certeza (ou não) é que talento é o nome de uma moeda antiga.

Vamos às definições corretas:
"(...) no sentido etimológico talento origina-se do grego tálaton e do latim talentu, com o significado de "peso e moeda da antiguidade grega e romana" e "aptidão natural ou habilidade adquirida" (...) Na área da psicologia, talento é a "denominação geral para o dom natural".(...)
Na linguagem popular denomina-se talentoso o indivíduo que possui uma aptidão específica acima da média em determinado campo de ação ou aspecto considerado, a qual pode ser treinada e desenvolvida. (...) assim como as capacidades motoras e psicológicas estão presentes no nascimento, podem ser detectadas no processo de socialização e serem estimuladas e desenvolvidas no meio onde está inserida, desde que forneça condições para tal.
(...) o termo "talento" tem origem bíblica; era uma unidade monetária, uma moeda de valor amplamente usada na época. O seu significado metafórico deriva-se da Parábola dos Talentos (Mateus, 25) do Novo Testamento. (...)"

Achei essa coisa toda aqui, quem quiser dar uma olhada, a moça fala um tanto de coisa sobre o assunto (oi? é um artigo sobre isso.) - mãe, não tô plagiando!

Depois disso tudo, com ou sem parábola, talento é moeda e moeda deve ser multiplicada para virar riqueza. "Cruzeiro real" guardado no colchão não vira "Real", mas o que foi aplicado sim.
E quanto a mim, se nasci com "estruturas neuro-físicas e anatômicas" para exercer alguma atividade específica vou descobrir para multiplicar. rsrsrs

Depois de toda esse "blá blá blá" teórico a única coisa que penso sobre talento é Caça-talentos!



(Então bate bate)
Até a próxima!

domingo, 22 de julho de 2012

Inauguração com metas, porque (tem acento?) adoro metas!

Esse negócio de talento é bem complexo, graças a acasos da vida ou  insistência de mãe eu até que tentei alguns, mas nem deram certo.
Quando eu era pequenininha fiz um tempo de Ballet, resultado: sei fazer "perninha de borboleta". Em um entra e sai da natação: aprendi a não me afogar e que odeio nadar borboleta. Mais tarde, na aula de desenho permutada, descobri que desenhos em preto e branco são muito mais fáceis de fazer, mas acabei trocando por aulas particulares de matemática. Nessa época cheguei realmente a achar que meu talento era a matemática, mas hoje não lembro ao menos como se resolve um "polinômio do 3º grau".
Lembro que um dia vovó Lena tentou me ensinar a fazer crochê, mal saí da trancinha. Uma outra vez foi vovó Vera quem tentou me ensinar a tricotar, quase dei um nó nas agulhas.
Hoje tô aqui, com 22, quase 23 anos, não sei costurar, desenhar, cantar, dançar, ou paquerar (risos) e PRECISO descobrir um talento, ou descobrir o que é talento.
Nas próximas vezes que eu passar por aqui, vou dividir com vocês minhas ideias mirabolantes, meus planos infalíveis e meus possíveis talentos.
E a meta é: descobrir um talento até novembro! hahaha

Até a próxima.

P.S. Saudações aos lindos que vão casar e me convidaram pra ser a madrinha menos talentosa que esse Brasil já viu.